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  • Foto do escritorBenjamim Rodrigues

SERÁ QUE HÁ MESMO PECADO?!!


SERÁ QUE HÁ PECADO OU HÁ APRENDIZAGEM?!!

Nos meios religiosos, existe muito a tendência de intitular de ‘pecadores’ todos nós, referindo-se por exemplo, na ‘Santa-Maria’ em ‘rogai por nós pecadores’, logo aí nos é incutido que todos nós somos do mal, todos fazemos mal, todos somos pecadores, no entanto eu acho que estamos a ver pelo lado negativo tudo isto...


Muitas das religiões intitulam e enfatizam mesmo os seus seguidores como ‘pecadores’, para os fazerem sentir que ‘precisam’ daquela religião para deixarem de ser pecadores, criando assim essa ‘necessidade’ de ‘frequentarem’ aquela prática ou culto, sob pena de continuarem a ser ‘pecadores’.


Como algumas religiões referem (pex. a religião católica), se não ‘deixarem de ser pecadores’ ou não se ‘converterem’ irão para o inferno, por isso quando se aproxima o final da vida é ver cada vez mais idosos a irem a todas as missas e mais algumas, para que possam, não ir para o paraíso, já que ninguém ‘garante’, mas para não irem para o inferno, pois ao comparecerem nas missas já 'cumprem' uma 'obrigação'.


Outras religiões, nomeadamente os espiritualistas, se calhar com o ‘pecado enraizado na mente’, e se calhar sob pretexto, mesmo que inconsciente, de criarem a necessidade da frequência do culto, referem que aqueles que ‘pecarem’ contra outro, numa próxima reencarnação ficarão em ‘dívida’ para com aqueles a quem fizeram esse mal (pecado) e até que ‘paguem essa ‘dívida’, quando estiverem no plano espiritual ficarão, como castigo, no umbral (uma espécie de ‘inferno’ nos termos católicos) e enquanto encarnados poderão ser obcediados por esses mesmos a quem fizeram mal.


Ora, eu creio, que há um equívoco, nestas apreciações, se não vejamos:

1- Claro que a presença nas cerimónias deve ser um dos nossos propósitos, mas não como obrigação ou pecado se não formos, mas sim como um meio que nos é disponibilizado para aprendermos mais, no entanto também podemos aprender por outros meios e praticar boas ações sem ir a nenhum culto religioso.

2- Se Deus o Criador, nos deu o ‘livre-arbítrio’ para fazermos aquilo que quiséssemos, logo ‘permitiu’ o ‘negativo’, logo ‘permitiu’ o ‘suposto pecado’... logo porque é que alguém que permite que façamos uma coisa, nos iria punir mais tarde, se podia impedir-nos de a fazer?


O que, na verdade acontece é que, quer enquanto encarnados, quer enquanto desencarnados, vamos continuar a ‘garantir’ a nossa razão para fazermos aquilo que fizemos, MAS APENAS POR IGNORÂNCIA, porque não conseguimos perceber que aquela nossa acção provocou tanta dor e sofrimento no outro, ou se reconhecemos que causamos dor ao outro, reconhecemos também a nossa razão para termos causado essa dor - logo o 'suposto pecado' mais não é do que IGNORÂNCIA.


Para nós, mesmo quando fazemos algo de supostamente negativo (o chamado ‘pecado’) na maioria das vezes, na nossa cabeça, só tínhamos essa opção (por desconhecimento e ignorância) ou se reconhecemos que não fizemos o melhor, não reconhecemos o mal ou a dor que possivelmente causamos com esse comportamento.


Ora se vamos continuar a ‘sentir’ que temos a nossa razão e que não causamos dor ou sofrimento com aquelas nossas acções, vamos ter tendência a continuar com as mesmas acções.


Muitas vezes só mesmo no plano espiritual e quando nos é mostrado, é que damos conta e temos a noção do mal que fizemos com aquelas nossas acções.


Por isso pode ser necessário que vivenciamos agora na pele de vítimas aquelas nossas acções, como forma, NÃO DE CASTIGO OU PECADO, mas como forma de ENSINAMENTO, para sentirmos que, se agora sentimos sofrimento, também naquela altura fizemos sentir dor e sofrimento ao outro, logo se nós não vamos gostar daquele sofrimento, vamos APRENDER que não devemos fazer aos outros e com isto vamos APRENDER a fazer o bem, não por sermos obrigados, mas sim por termos experienciado na ‘pele’ que a nossa acção inicial (que causou dor e sofrimento) não é o melhor que podemos fazer.


Muitas pessoas, mesmo enquanto desencarnadas e mesmo depois de lhes ter sido mostrada a dor e sofrimento que causaram, mesmo assim recusam-se a acreditar e por isso elas mesmo pedem que passem pela situações de vítimas, mas não como forma de punição, mas sim como forma de ‘sentirem’ e aprenderem o que aquele tipo de acções pode fazer de mal ao outro.


Enquanto não vivenciarmos as situações no lado oposto das nossas más acções, vamos continuar a achar que tivemos o comportamento mais adequado para cada situação, tanto em situações positivas, como em situações mais negativas.


Mesmo, no plano espiritual (mesmo depois dos ensinamentos que vamos receber, mas que poderemos não estar ‘preparados’ para receber e aceitar), podemos continuar a achar que aquele comportamento negativo – o suposto ‘pecado’ – foi aquilo a que fomos ‘obrigados’ a fazer em face das circunstâncias, logo aquele comportamento foi o único que seria possível.


O que acontece é que quando fazemos mal a alguém, como sofrimento de diverso nível, quer seja a nível, físico, mental, emocional ou mesmo espiritual – ATÉ ENSINAMENTO E APRENDIZAGEM EM CONTRÁRIO – para nós, era esse o único comportamento que poderíamos ter feito, até porque, mesmo depois de muito tempo (mesmo que já estejamos desencarnados e no plano espiritual), continuamos a ter a ‘nossa razão’ e a ‘validar’ aquele nosso comportamento ou ‘pecado’.


Se não vivenciássemos o ‘outro lado’ da experiência que fizemos o outro passar, na maioria dos casos, ou não iríamos reconhecer a dor ou razão ao outro ou então iríamos demorar imenso tempo até reconhecermos isso e numa nova encarnação iríamos repetir o mesmo comportamento.


Claro que numa próxima reencarnação, mesmo tendo como missão, aprender na ‘pele’ de vitimas aquela situação, vamos ter tendência a ter o mesmo comportamento que causou dor, por isso muitas vezes somos privados pelo Criador de algumas faculdades físicas (como doenças, problemas físicos, etc.) e influenciados ‘positivamente’ pelos nossos Guias para nos AJUDAREM para que não caiamos no mesmo ciclo negativo de comportamento. Por isso muitas doenças ou deformações físicas, na verdade 'ajudas' para cumprirmos melhor a nossa missão e 'aprendermos' de maneira mais fácil, por incrível que possa parecer aos mais cépticos!!!


Para que passemos a ver os ‘dois lados’, na maior parte das vezes é necessária a reencarnação, até porque se já estivemos no lado que ‘fez a dor’, vamos nós mesmo pedir ou aceitar vivenciar, o lado que ‘sofre a dor’, como forma de ‘APRENDIZAGEM E ENSINAMENTO’ para sentirmos o que o outro sentiu quando fomos nós que causamos aquele tipo de dor.


Por isso, quando alguém vem a uma determinada encarnação para vivenciar uma determinada experiência, como disse atrás, vem sempre dotado das melhores ferramentas, que incluem em relação ao seu corpo – QUE PODE SER UM CORPO DE PERFEITA SAÚDE – se isso for útil para os ensinamentos que precisa, ou PODE SER UM CORPO DOENTE OU COM ALGUMA DEFICIÊNCIA OU TER UMA DETERMINADA DOENÇA NUMA DETERMINADA IDADE – se isso for o mais útil para os ensinamentos que precisa.

Claro que nem sempre é necessário um corpo doente ou deficiente para aprendermos, muitas vezes é necessário um corpo de perfeita saúde. Muitas vezes a beleza e saúde não são uma dádiva do Criador ao acaso, mas também como a ‘melhor ferramenta’ para as lições que precisa aprender.


Enquanto não aprendermos que aquela nossa atitude ou comportamento originou ou emitiu energia negativa, vamos estar a vibrar nessa frequência energética o que vai ‘abrir’ a porta a que, não só os nossos obsessores a nível espiritual nos possam influenciar com o mesmo tipo de energia – podendo chegar até à possessão - como ainda nos podem influenciar negativamente com o mesmo tipo de energia, qualquer pessoa que esteja a vibrar nessa mesma energia.


No entanto se, até podemos afirmar que, se fizemos ‘mal’ a alguém, estamos em ‘dívida’ para com esse alguém, e teremos de fazer ‘bem’, esta ‘dívida’ só vai permanecer até ‘aprendermos’ que na verdade fizemos o outro sofrer, (com os ensinamentos que atrás referi, que podem ser ‘vivenciando o mal que fizemos ao outro’), pois a partir daqui já vamos ‘enviar’ em relação ao outro e em relação a todos que nos rodeiam ‘energia de boas vibrações’.


Se enquanto encarnados podemos ‘pagar’ a nossa ‘suposta dívida’ directamente ao outro, quando desencarnamos já não é possível ‘pagar’ essa dívida ao outro no mesmo ‘género’, pelo que o ensinamento em forma de ‘obsessão’ pode ser uma ‘solução’ que o ‘obcediado permita’ (de forma mais ou menos consciente), para ‘saldar’ a suposta dívida.

Logo a ‘obsessão’ acaba por ser uma ‘ajuda’ ao outro como forma de ‘obrigar’ o outro a vivenciar o oposto, mas que vai acabar por ajudar, porque vai permitir que o outro sinta o mesmo tipo de dor que ele mesmo causou, permitindo assim que o ensinamento daí resultante sirva como ensinamento e aprendizagem e sirva para mudança de comportamento em futuras encarnações que se irá traduzir na emissão de nova energia de boas vibração, que esta sim, irá ‘impedir’ que qualquer energia má qualificada e de baixas vibrações possa interferir na vida da pessoa.


Por fim importa referir, que muitas pessoas não ‘precisam’ de passar pela dor ou pelo que fizeram aos outros, ‘basta’ que tenham aprendido que o comportamento que tiveram causou dor e sofrimento e quando isso acontecer, vão enviar, quer em direcção a quem fizeram mal, quer em direcção a todos os outros energia positiva, que não só vai afectar positivamente os outros (desde que eles estejam no mesmo tipo de vibração), quer VAI PROTEGER A SI PRÓPRIAS, de energias de baixas vibrações, venham elas de pessoas desencarnadas, ou venham elas de pessoas encarnadas no plano terreno.


Logo serve aqui o ditado popular que diz que ‘a ignorância é a origem de todos os males’ até porque quando soubermos que ‘nós fizemos sofrer’, através do sofrimento que nós estamos a sentir, nesta altura APRENDEMOS A LIÇÃO quando aprendemos a lição, já não precisamos de a voltar a aprender que, neste caso, se consubstancia a não termos necessidade de ‘voltar a sofrer para aprendermos’.

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